quarta-feira, 22 de abril de 2015

Anticoncepcional masculino


A Fundação Parsemus, dos Estados Unidos, deve lançar um método contraceptivo para ser utilizado por homens até 2017. O

produto está em fase de testes. Segundo os cientistas, o remédio não tem contraindicações e não modifica a produção de

hormônios masculinos.

O mecanismo desenvolvido pela empresa consiste na aplicação de um gel, chamado Vasalgel, nos vasos deferentes, que ficam nos

testículos. O gel bloqueia a passagem dos espermatozoides, da mesma forma como aconteceria se o homem fizesse uma

vasectomia. A diferença é que a situação pode ser revertida com a aplicação de uma injeção de bicarbonato de sódio no local.

O medicamento, que pode funcionar por até por dez anos, tem custo estimado para a comercialização inferior a US$ 400 (cerca

de R$ 1.500).

Até o momento, os testes mostraram que o produto é eficaz em animais, mas as experiências em seres humanos ainda não foram

realizadas. A Fundação Parsemus é uma organização norte-americana sem fins lucrativos voltada ao desenvolvimento de

medicamentos com baixo custo.

"O Vasalgel é uma ação prolongada, contraceptivo não hormonal semelhante à vasectomia, mas com uma vantagem significativa: é

provável que seja mais reversível", afirma a Parsemus, em nota.

Segundo Elaine Lissner, diretora da ONG, a expectativa do produto é reduzir substancialmente o número de gestações não

programadas. "Homens possuem, hoje, basicamente as mesmas opções anticoncepcionais que tinham há cem anos. Ou usam

camisinha, ou fazem vasectomia, que é permanente. O Vasalgel trata-se de uma nova opção, reversível e acessível", afirmou.

Segundo a socióloga Denusa Alcades da Unesp (Universidade Estadual Paulista), a chegada de um contraceptivo masculino ao

mercado é importante para que haja uma divisão maior da responsabilidade entre homens e mulheres para evitar a concepção

indesejada. "Ainda é comum dizerem que a mulher foi a responsável pela gravidez, que o homem não sabia. A responsabilidade

cai toda sobre a mulher. Um método masculino ajuda a equilibrar essa situação, tira o peso que está só nas costas

femininas", conta.

Por que ainda não existe a pílula anticoncepcional masculina?

– Uma pílula, ou qualquer tratamento via oral para homens, é muito improvável, porque os testículos produzem uma quantidade

enorme de espermatozoides por dia. Portanto, zerar essa produção implica num tratamento muito rigoroso e com muitos efeitos

colaterais indesejados. Na mulher, o bloqueio hormonal é diferente, mais simples –

Seja em 2017 ou num futuro mais distante, o medicamento contraceptivo masculino deve encarar o problema de uma maneira

diferente da pílula feminina, já que anular a produção de espermatozoide requer um tratamento muito intenso. Enquanto isso,

médicos recomendam diferentes tipos de métodos para evitar a gravidez:

Fonte: Com informações do UOL

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Favorites More